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benoît peeters
pequenas mitologias obscuras
nascimentos
Hergé criou Tintin numa noite de dezembro, em 1928, a partir de uma
sugestão do diretor de seu jornal, o abade Wallez. Hergé não tinha nem um
projeto, nem um personagem de verdade, apenas uma silhueta torta, um nome
que nem era nome e um cachorrinho branco. Quanto a sua destinação, o país
dos sovietes, foi novamente Wallez quem havia escolhido.
Edgar Jacobs, no fim do verão de 1946, tinha começado uma narrativa
medieval para o futuro semanário Tintin. Mas a história em
quadrinhos histórica já ocupava bastante espaço com as histórias de Laudy
e Cuvelius; quanto a Hergé, ele tinha reservado para si as aventuras no
presente. Faltava então a ficção científica, e isso foi dado a Blake e
Mortimer.
Treze anos mais tarde, com o nascimento de Pilote, René Goscinny e
Albert Uderzo queriam se basear no “Roman de Renart” para a nova série que
eles estavam criando, quando lhe disseram que a coisa já havia sido feita.
Com essa catástrofe, eles improvisaram outra coisa, que se tornou Asterix.
Há uma lógica, talvez uma moral, certamente uma estética, nessas fundações
frágeis, nesses nascimentos onde o acaso representa um papel primordial.
As grandes descobertas, freqüentemente, se produzem dessa maneira. E o
mais bonito de nossas vidas não tem a ver com esses encontros, esses
acidentes, essas viradas bruscas?
viagens sem mapas
Guardadas as devidas proporções, a série As Cidades obscuras não
nasceram de maneira diferente. Primeiro, ocorreu um encontro infantil em
Bruxelas, em 1968, nos bancos do Colégio Don Bosco. E nos jornaizinhos que
nós animávamos lá, durante dois ou três anos. Ali também houve nosso
reencontro, em 1978. François era, então, ao lado de Claude Renard, um dos
animadores do grupo Le neuvième revê e ele publicava regularmente
na Heavy metal. A revista A Suivre acabara de nascer e
fascinava o jovem escritor que eu era, assim como a primeira colaboração
de Rivière e Floch, Encontro em Sevenoaks.
Para François e também para
mim, a vontade de realizar uma revista juntos foi se evidenciando cada
vez mais. Mas que tipo de revista? Como relacionar as imagens notoriamente
de ficção científica de François e seu gosto pela arquitetura com minhas
nostalgias “hergeanas”, minha fascinação por Borges e pelo Nouveau Roman?
Nós não criamos As Cidades obscuras. Quero dizer que não existiu o momento
em que François Schuiten e eu mesmo teríamos tomado a decisão de colocar
em circulação uma série com esse nome. Por volta de 1980, depois de
algumas tentativas, nós tivemos a idéia, somente, de uma história, que se
tornou As muralhas de Samaris. Depois uma outra, situada no mesmo
universo, A febre de Urbicande. Depois uma terceira, que acontecia
em uma época mais arcaica, A torre. Esta história representa uma
espécie de mito fundador, e o ano zero do calendário obscuro. O universo
das Cidades obscuras se expandia pouco a pouco, no espaço e no tempo, no
desenrolar de nossas vontades.
aventuras transmidiáticas
Depois de vinte anos e cerca de quinze revistas, incluindo um espesso Guia, As Cidades obscuras continuam um universo esburacado, um
quebra-cabeças incompleto para sempre. Não somente porque as revistas
“oficiais” se intercalam de maneira imperfeita, manejando grandes vazios e
deixando subsistir algumas contradições, mas os limites da “série” são
impossíveis de terminar.
Há algumas brochuras raríssimas, mais ou menos perdidas, ou mais ou menos
fantasmáticas: O mistério de Urbicande, de Régis Brok, A
enciclopédia dos transportes atuais e futuros, de Axel Wappendorf,
Diários de viagem, de Eugen Robick. Há narrativas orais, essas
conferências-ficção que apresentamos durante muito tempo, François
Schuiten e eu: Viagem nas Cidades obscuras, De Bruxelas a Brüsel, O
mistério Mahler... Há entre esses cenários as estações do metrô
Port de Hal e Arts et Métiers, as exposições-espetáculo, como
Le théâtre des images, os filmes como O arquivo B, os
espetáculos como O caso Desombres.
Acredito que a presença do universo das Cidades obscuras, sua
consistência, ouso dizer, cresceu na medida em que nos distanciávamos
da história em quadrinhos propriamente dita. Como se um certo
coeficiente do real (distinto do “efeito do real”) estivesse ligado
diretamente à variedade de mídias e suportes: foi pelas referências entre
elas, mesmo de maneira estranha, que as informações adquiriram
uma forma de credibilidade. Eu mentiria se dissesse que não houve nenhuma
espécie de estratégia de nossa parte nesses desenvolvimentos multimídias.
Mas o acaso e o gosto pelo jogo, os encontros e as ocasiões, o desejo de
renovação foram, de longe, fatores essenciais.
Como prolongar uma série sem se cansar? E essa é talvez uma das
perguntas-chave colocadas por autores de histórias em quadrinhos. Essa
mídia se funda sobre um incessante e complexo mecanismo de repetição: do
esboço ao desenho, depois a tinta e as cores; mas também de quadrinho a
quadrinho, de página a página, e freqüentemente de revista em revista, segundo
um princípio repetitivo já comentado por Goethe quando ele descobriu os
primeiros manuscritos de Rodolphe Töpffer: “É preciso admirar o mais alto
grau da maneira em que esse fantasma, chamado Mr. Jabot, se reproduz sem
cessar num ambiente apropriado, na imaginação do desenhista, com as formas
mais variadas possíveis”.
Esse mecanismo, que eu propus nomear de redesenho, poderia
constituir muito bem, positiva ou negativamente, um dos traços
fundamentais dessa arte. A história em quadrinhos se coloca entre as
exigências artesanais da realização – como o artesão que criava
iluminuras, dizia Hergé, adição de talentos minúsculos, de tarefas
pacientes e sem glória – e a necessidade de uma verdadeira implicação
artística, só ela capaz de dar vida a esses pequenos mundos, imagem após
imagem. Essa dupla restrição explicaria o cansaço de que muitos autores de
história em quadrinhos foram vítimas, de Winsor McCay a Lewis Trondheim,
passando pelos grandes e famosos depressivos que foram, só para citar a
escola belga, Hergé, Jacobs, Franquin, Tillieux e Macherot.
Em sua diversidade, As Cidades obscuras foram então também, talvez
já no princípio, uma máquina de não se entediar. Livro após livro, nós
pudemos mudar de personagem e de cidade, de técnica e de formato,
prolongando um universo nascido disso que nós dois éramos.
passagens
Foi talvez com o pequeno livro
O mistério de Urbicande, concebido com Yves Schlirf e Thierry
Smolderen e publicado em 1985, paralelamente à revista A febre de Urbicande, que a máquina mitológica foi posta em circulação. Assinada
pelo cientista chamado Régis de Brok, essa brochura teve por objetivo
refutar a história relatada nos quadrinhos. Como escreveu o autor, “um
mito, algebricamente concebível, não deixa de ser um mito”. Mas a obra que
o leitor tem entre as mãos é uma recusa em segundo grau, já que se trata
de um fac-símile do exemplar pessoal do "urbiteto" Eugen Robick,
raivosamente escrito.
É na narrativa ilustrada O arquivista, de 1987, que a questão da
“Passagem” está explicitamente apresentada pela primeira vez. O infeliz
narrador, obscuro funcionário do Instituto Central dos Arquivos,
encarregado de desfazer um rumor, “um curioso caso de superstição”. Um
número cada vez maior de pessoas, lhe afirmaram, acreditaria na existência
de um universo paralelo chamado de Cidades obscuras. Pior: alguns entre
eles se esforçariam de todas as maneiras para encontrá-lo. Aqueles que
leram a revista conhecem a continuação: apesar de sua boa fé, ou melhor, por
causa dela, o narrador passa a ser persuadido justamente naquilo que ele
deveria refutar. A hipótese de uma mistificação surge a seus olhos sob a
aparência de uma rede de incoerências criada para ser racionalmente
admitida. Nesse “encadeamento de exceções e de regras, de belos sonhos e
de dramas, de projetos e de renúncias que caracteriza o universo das
Cidades obscuras”, ele crê reconhecer “os traços indubitáveis do Real”.
Desprovido de suas provas, encaminhado de volta ao Instituto, ele acaba
encontrando o segredo da Passagem.
A questão das ligações entre o universo obscuro e isso que nomeamos daí
por diante “o mundo claro”, toma cada vez mais lugar na série. As relações
entre Bruxelas e seu duplo Brüsel são o assunto principal do filme O
dossiê B. Questões da mesma ordem estão no centro do drama sonoro O
Museu A. Desombres, e sobretudo na revista A criança
inclinada. Os dois mundos são apresentados então em cenas paralelas: em
um, tratado sob a forma de uma história em quadrinhos, vive a jovem Mary von Rathen,
vítima de um estranho fenômeno que faz dela “a criança inclinada”; no outro, tratado sob a forma de uma narrativa fotográfica (possibilitada
pela lente de Marie-Françoise Plissart), acompanha-se as aventuras de
Augustin Desombres, um pintor perigosamente solitário e um pouco paranóico
(para o qual o artista Martin Vaughn-James se dispôs muito bem a emprestar
sua figura). Desombres seria ele um demiurgo, o inventor, ou o mestre do
universo obscuro? Os afrescos que cobrem as paredes de uma casa perdida,
no alto dos plátanos da Aubrac, seriam eles a fonte da infelicidade de
Mary? Ambos assombrados pela idade de algo além, o artista e a moça acabam
se encontrando, numa espécie de “no man’s land” entre os dois
mundos, enquanto o desenho e fotografia se cruzam e misturam seus códigos.
Mas sua relação não passa de breve e frágil; no sentido exato, ela é
insustentável.
A questão da Passagem teve recentemente uma repercussão espetacular, que
poderia confundir as mentes mais lúcidas. Na época da saída de nossa
revista
A fronteira invisível, o IGN – Instituto Geográfico Nacional
francês, que não tem nada de fictício, eu asseguro – editou um mapa
“oficial” (mais oficial impossível) das Cidades obscuras, detalhando
sobretudo uma porção de território muito pouco conhecida, a
Sodrovno-Voldachie...
leitores obscuros
Tudo isso não seria nada sem nossos leitores. Alguns, a maioria deles,
vivem uma aventura pessoal da qual conhecemos só pouca coisa, como todos
os autores. Mas existem alguns leitores que tem a necessidade de se
manifestar concretamente por textos, imagens ou sites na internet,
leitores que às vezes se encontram, sem nós; leitores que vivem, por sua
vez, uma outra vida obscura.
Há até casos totalmente extraordinários como o dessa jovem – enfim,
supomos que se tratava de uma jovem mulher – que durante anos nos escreveu
sob o nome de Mary von Rathen, a heroína de O Museu A. Desombres
e A criança inclinada, e viveu seu próprio itinerário,
trazendo inclusive prolongamentos, retificações às nossas histórias, como
se ela fosse realmente esse personagem. E talvez fosse ela mesma depois de
tudo, e eu digo isso com um sorriso no canto dos lábios.
O livro Correspondências,
que nós recebemos, em janeiro de 2003, em circunstâncias muito estranhas,
assim como tudo o que concerne a Mary, é a compilação de cartas que ela
tinha nos enviado e das respostas que nós lhe endereçamos, e também
algumas outras. Era uma espécie de romance, com um início, um meio e um
final, que se apresenta como o “testamento de Mary”. Lá pode se ler: “Eu,
Mary von Rathen, filha de Klaus von Rathen e herdeira do único Consórcio
de Mylos, declaro a quem encontrar essas linhas estar em plena posse de
meus bens, estando eu absolutamente consciente disso que escrevo e lúcida
sobre o fato de que essas palavras serão minhas últimas”. E mais abaixo,
essas linhas, que eu não estou muito certo de ter entendido perfeitamente:
“A idéia do ‘Outro Mundo’ é tenaz e ela está tentando se afirmar. Eu sei
agora que isso não passa de uma astúcia, uma farsa criada por aqueles que
querem desamarrar os cordões do nosso mundo (Quem são eles? Eles existem?
Não é o nosso próprio mundo, entidade autônoma, que se ri de nós?). [...]
Para o leitor que lerá essas notas, eu suplico que só confie em suas
intuições, recuse totalmente qualquer idéia de um mundo paralelo e trabalhe cada dia
a fim de descobrir aquilo que rege esse
universo”.
François e eu refletimos
freqüentemente sobre esse enigma. Nós falamos com várias pessoas, tentando
entender quem podia se esconder por trás de Mary, mas até hoje o mistério
permanece intacto. Nós mesmos, de certa maneira, paramos de alimentar o
jogo do verdadeiro e do falso, da mistificação. Pessoalmente, são coisas
que me tocaram sempre e me apaixonaram sem que eu saiba exatamente o
porquê. Mas com “o caso Mary” nós nos encontramos presos em nossa própria
armadilha, envolvidos no labirinto de nossas próprias ficções, com uma
parcela verdadeira de indecisão.
Muitas pessoas acreditaram e
continuam a acreditar que nós estamos por trás desta história, que nós
escrevemos essas cartas, todas manipuladas, tudo encenado, que tudo isso
fazia parte de um grande plano... Bem, de forma alguma. É uma coisa que
escapou e que continua sendo um mistério. É um presente, uma inquietante
estranheza – unheimlich para retomar a palavra de Freud – que essa
leitora nos deu.
Sem se arriscar tanto, muitos outros leitores nos deram o presente de
morar nesse universo. Porque no fundo, criar um mundo paralelo, um mundo
“imaginário” ou “mitológico”, é definir um território. No começo, era o
território de duas pessoas, François Schuiten e eu. Depois se tornou um
território mais habitável. Em uma história em quadrinhos, diz-se às vezes,
os quadros são já pequenas casas. As Cidades obscuras constituem então um
conjunto de espaços mais ou menos habitáveis dispersos sobre um mapa.
Haver pessoas com vontade de morar nelas, mesmo que por um curto período,
é para nós algo realmente emocionante.
Devo dizer que jamais
conseguiríamos premeditar um fenômeno como esse. Era “imaginável” no
sentido literal do termo. Mas imaginar que pessoas vão investir e
prolongá-lo, criar um diário inteiramente ficcional como
Luminas que floresce na Internet, criar sites sobre as hipóteses
da Passagem entre o “mundo claro” e o das Cidades, uma Exposição
Interurbana inteiramente virtual, um imenso Dicionário do mundo obscuro,
são coisas que remontam uma outra ordem. É provavelmente o sinal de que
havia nesse universo algo um pouco maior que nós, ou se preferirem,
“coisas comuns”.
Certamente a colaboração se
predispõe a esse tipo de fenômenos. Colaborar é, em nosso caso, sonhar
junto um universo, concebê-lo de maneira suficientemente precisa para que
possamos nos deslocar juntos nele. Rapidamente isso se torna uma coisa bem
diversa do que a simples soma de dois imaginários individuais. O universo
tem suas próprias exigências que se impõem àqueles que o animam. E é
possível que isso contribua para que outros possam, em seguida, adentrar
esse território.
fronteiras
O título A fronteira invisível, da mais recente revista, poderia ser
de certo ângulo o de uma série inteira. Especialmente porque as
fronteiras delimitando As Cidades obscuras, falo aqui da série que
leva esse título, se tornaram incertas ao máximo. É complicado saber onde
poderíamos traçar uma linha de separação entre o que nós produzimos – as
revistas invisíveis – e aquilo acrescentado pelos leitores.
Poderíamos decidir arbitrariamente por conservar somente o que nós mesmos
criamos, mas em nossas aventuras transmidiáticas – cenográficas, sonoras,
televisuais ou multimídia – os parceiros foram numerosos e suas
contribuições enriqueceram real e profundamente o universo. Logo, As
Cidades obscuras não podem ser confundidas com um trabalho criado só
por Schuiten e Peeters.
Onde situar, portanto, a fronteira? Será que, por exemplo, o livro
Correspondências de Mary von Rathen faz parte das Cidades
obscuras? E será que ele pertence à série? Em parte, pelo menos: há
numerosas cartas que eu escrevi, desenhos feitos por François, e até o
resto podemos dizer que nós inspiramos em grande parte. Muitas frases
saídas das cartas de Mary são, aliás, citadas no Guia. Mas ao mesmo
tempo fica claro que nós não podemos contar Correspondências entre
nossos livros: nós não tomamos a iniciativa de editá-lo, nós nem nunca
“autorizamos” sua publicação como tínhamos feito com As Cidades
Vivideis, colóquio fictício sobre as Cidades obscuras, publicado
em Portugal.
É um fenômeno estranho porque geralmente quando um autor cria “uma obra”
pode-se traçar facilmente os limites. Pode-se distinguir o texto ele
mesmo, os textos precedentes que fazem parte dos rascunhos, e depois os
paratextos que o contornam: todo o campo dos comentários, dessa literatura
que chamamos de “secundária”, sobre a qual Gerard Genette se afirmou como
um teórico notável. No caso das Cidades obscuras, essas margens –
entre o texto, o pré-texto, o paratexto, o peritexto, ou até o que fica de
fora desse campo – quase não possuem mais sentido: há prefácios
verdadeiros e falsos, exegeses que se tornaram matéria de ficção,
comentários que não explicam nada. O universo se tornou poroso, seus
limites reais são incertos. Para nós, é às vezes desconcertante e
intrigante, quando nós temos a impressão de nos encontrar às portas de
nosso próprio mundo. Nós somos atores, viajantes, por um lado os
“criadores”, e por outro simples expectadores de um universo que se
prolonga fora de nós. É um jogo em que não somos mais realmente
participantes, mas onde fomos também “jogados”, ou é necessário dizer,
feitos de joguetes.
Alguns dos leitores mais criativos, que viraram um tanto quanto
possessivos, não temem nos descartar cada vez mais dos debates mais
pontuais sobre a verdadeira natureza das Cidades obscuras. Nossas opiniões
se tornaram pontos de vista entre outros quaisquer, e não as mais
qualificadas. Nossa ironia parece, para alguns, um pouco deslocada. E às
vezes escutamos dizer que, através das Cidades obscuras, nós
apontamos para fenômenos pouco importante para nós. Que poderíamos
acrescentar, nós que não passamos de desbravadores pioneiros desse
Continente perdido?
tradução de Maria Clara Carneiro
BENOÎT PEETERS,
nascido na França, formou-se em filosofia pela Sorbonne e diplomou-se pela
École Pratique des Hautes Etudes, sob a orientação de Roland
Barthes. É autor de dezenas de livros, ensaios, roteiros cinematográficos,
peças de teatro e histórias em quadrinhos, além de desenvolver, com a
fotógrafa Marie-Françoise Plissart, uma nova forma de fotonovela,
radicalmente artística e diferente da tradicional. Seu trabalho mais
famoso é, certamente, a série Cidades Obscuras, pensada e desenvolvida com François Schuiten (cujo
traço ilustra esta edição da revista Confraria do Vento). Vive em Bruxelas
e pela primeira vez colabora com uma
revista brasileira.
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