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o novelo de odradek | victor paes como deixar de ver televisão em 10 lições
Olá, amiguinhos!
Você sabia que a cada vez que
alguma criança diz que adora televisão, uma árvore cai na floresta? E não
me venha com essa história de que não é bem assim, de que tudo é relativo,
pois isso já foi comprovado cientificamente...
Você sabia que a carga
eletromagnética emitida pela televisão é bipolar, ou seja, é emitida e
retorna para a tela? Por isso, poderia, ao mesmo tempo, se trouxesse
algumas informações para seu cérebro, levar de volta informações sobre
ele, que poderiam ser perigosamente monitoradas...
Você sabia que uma criança,
cuidada por uma babá altamente dedicada a ela, com apenas um ano e meio de
idade, já está articulando muito bem algumas palavras, como “foca” e
“crisântemo”? E que outra criança, cuidada pela televisão pode chegar aos
quatro anos de idade sem falar nenhuma sílaba? Eu mesmo só fui aprender a
falar “ivirapema” ontem à noite, sem querer, ao tossir por estar engasgado
com um tremoço...
Você sabia que, dependendo da
droga que você use, a televisão pode se transformar num espelho com um
fundo mundo profundo, e que dentro dele todos se divertem e acham muita
graça e riem muito, menos você?
Você sabia que a televisão
chama a atenção porque dá atenção: ela distrai, conforta, afirma? Às vezes
diz até o nome de quem a assiste. Um conselho que sempre é bom,
amiguinhos: fale com estranhos, não os julgue pela aparência...
Você sabia que se um dia você
for um artista de tevê, uma celebridade, você poderá realizar até atos
subversivos e ainda assim ser embaixador da paz pela ONU e dar boas
gargalhadas no sofá, comendo sorvete? Pergunte ao Renato Aragão...
Você sabia que o novo Cereal
do Coelhinho-De-Olhos-Vermelhinhos contém menos calorias que os outros?
Você sabia...
VICTOR PAES é escritor, ator e professor. Foi premiado pelo Prêmio Jovem Artista, da Rioarte, com o texto teatral Os Cálices do Deus, que depois foi apresentado no Projeto Nova Dramaturgia. Foi publicado pela Editora Record, na coletânea do Prêmio Nossa Gente, Nossas Letras, da Oldemburg.
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