|
|

|

ghérasim luca
herói-limite
“A morte, a morte-folia, a
morfologia da meta, da metamorte, da metamorfose ou a vida, a vida vil, a
vida-vício, a vivisseção da vida” espanta, espanta e e e é um nome, um
nome de diesel, um nome de 16 orbes-dejetos, de 16 objetos contra, contra
a, contra a morte ou, para dizer melhor, para a morte da morte ou para
contra, contra, controle-a, sim é meu aviso, contra a, contra a vida sete,
ou seja para, para uma vida no indo esvaindo, esvaindo, indo esvaindo
vazio e esvaído, a vida na, na, por uma vida na vida.
Digo mim mim minta quinta sete de maio, mas, ou seja eu digo ó, eu digo
dia e sim, dia e noite eu os digo, que sim enfim quinta o o sete de maio,
quinta eu digo morte, eu digo morte morta como se diz dizem-me três, sete
e três fundo falso fazem dez, se diz dez como se o pensa, isto é como o
três, o terceiro dado da terra, se calam, me calam, se calar como o
terceiro termo saído de eu penso que me pensam e de se se sou, estou
determinado, eu sou o dado que se joga sobre o três-sete, seja, ou seja
como o três, o terceiro termo saído sabido de se se se suicidar e ser ser
suicidado ao dado ou à serra, o terceiro termo re re reco, o eco da serra
e do dado reconci reconcilia reconciliador, sim há a re, a reconciliação
entre suicidar-se e ser suicidado, insuspeitado o terceiro termo saído da
insu, insurreição e da re, surre, da ressurreição.
E quando digo vida, vida na vida, o digo como se diz ele é, ela tem, ela é
a estância na estância, ou seja o tear, o termo, o seio, teus seios como
tear, como tese, o termo síntese do ano, do anti, do antinome e múmia, da
antinomia sobre um prato de compota de porco, sobre o plano do compor, do
comportamento de dois três, sete três, do terceiro termo entre duas
cidades, de duas ceguidades plásticas, de duas elasti elasticidades
contra, contra contrato de dois três, de duas elasticidades contraditórias
como o ímpar, como a impermeabilidade par e o sofrimento de nascer, de
nascer durante uma tração do eu, durante uma contração ímpar de meu eu e
de seu ela-mesma, os dois ela-mesma do eu pares e capazes, as duas
elasticidades contraditórias como a impermeabilidade e a, e a penetração
per, perfeita, perfeitamente reconcil cílios reconciliadas.
Temos feito, perfeito, perfeitamente feito e desfeito como desafio, temos
feito de, deixe deixe os 16 objetos, temos definido os 16 objetos da paz
que nasceu, da pneu, penetração vida vida violenta e morte morte mordente,
da penetração una universal.
Os 16 objetos penetram a paz, a penetrante.
A penetrante, as trinta, trinta universais, ela é, sabe-se, ela é fá,
fêmea, a fa, famosa una universal.
Mulher goela, gorjeio, mulher cortada pão, como um pão, em dois, cortada
em dois com uma, ela viveu em paz, em dois, cortada em dois com uma serra,
se se com uma serra fina, serra infinita no belo meio de sua, disso aqui,
nascida, ela nasceu no ano mil, no ano nada, alba ao belo meio dos sons,
de seu corpo, da, d'além ano, do antiano, além da aniquilação concreta,
crista de seu corpo infinito, sobre a, para, para a tique tique tique
tique, sobre a, sobre língua, sobre o grande verde vertical que liga seu
grande nariz clave, clave de Cleópatra ab abs abst abstr abstrato a sua
boca situada, finada entre suas duas coxas recon, recon cílios
reconciliadoras e des, amadas, te amo, êta tique tique tito e meteorito.
Desses cem, desses cem mais quatro fogos, desses cem mais oitenta e quatro
folhas de fogo e de cobre, desses cinqüenta mil buracos em chama, desses
seios esburacados no fogo, nos cinqüenta e dois, desses cinqüenta e dois
mil nove nove nove nove cem vinte doze buracos, eu construí os 16 objetos
da, da contra, contra a, os 16 objetos-aí.
Cada objeto poro porta o nome do número de buracos que, servida, vida, a
vida, para a vida, contra a morte, para a morte morta, por uma vida, vida,
vida, por uma vida na vida, para, poro, poro, porta o nome do número de
buracos que serviu à sua confecção.
Eis os não, os não, os nomes, os nomes cifrados ao excesso, os nomes
extremos, ex ex expansivos, excêntricos e extremos, os nomes exatos desses
objetos:
|
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI |
4320
4896
4608
4032
2880
1152
1728
1440
2016
2304
3168
2592
5184
3456
9216
0
|
Nota: O zero, este rotundo
zênite de cifras, sendo o, o zero sendo a cifra do buraco absoluto, luto
lido lubrificando o absoluto, o objeto lubrificante e absoluto que leva
esse nome absoluto não foi construído como as águas, não como os lençóis
d'água no verão, não, não como os outros, esse objeto não foi construído
com, não com buracos cavados em seios, no mero fogo, nas meras folhas de
metal como os outros, mas com todos os buracos do meu, do mundo, reunidos
num todo, num grande completo nada brio brio lubrificante e absoluto.
Ilha, ilha, este objeto é como uma ilha, ilha única, roda, roda infinita e
única, ilha, ilha, ele é o único, o único objeto metafísico de minha
coleção de buracos rodeados de um contorno metálico e, malgrado sua
grande, sua grande falta em ser graxo, grande e metafísica, malgrado sua
grande e graxa falsa falta de não ser do todo, ele permanece o objeto
perto, o objeto preferido de minha coleção.
A medida, mordida, mordida, a medida que os outros objetos fazem um
grande, um grande rodeio plástico, mítico, aéreo, aéreo, aéreo, erótico,
ótico, aéreo, aéreo heróico para tudo, para toque, para tocar seu fito
infinito, de seu zero aberto como uma goela, como um gládio, como um
gládio infinito imerso numa goela infinita, aberta como um buraco
infinito, de seu zero aberto, como um alçapão infinito sob a roda dos
buracos infinitos, ele fere o grande todo em pleno coração.
O objeto nu nu número 16 é um herói-limite.
tradução de Márcio-André
voltar ao índice |
imprimir
|