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andréa del fuego clóvis
Elimar e Elis são irmãos e velhotes. Ele prometeu que a levantaria se o tombo fosse feio, de cumprido e longo. Pois o tombo foi de largura, em vez de cair lá de cima, ela escorregou de lado numa gelatina. Parque Clóvis. Dois brinquedos pelo preço de um. Depois do escorrega, sem arranhão, Elis decidiu pela roda gigante. Dali o dinheiro só se trocaria por algodão-doce ou churros. Elis foi pra barraca escolher um regalo de açúcar, Elimar pra fila do banheiro.
– Por que não foi me chamar no
banheiro?
– É pra você – e deu o churro
pro irmão.
Elimar olhou pro churro, olhou
bem.
– Cadê o recheio?
– Melhor sem. ANDRÉA DEL FUEGO é autora de Minto enquanto posso e Nego tudo. Integra as antologias Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século, Antologia Bêbada e +30 Mulheres que Estão Fazendo a Nova Literatura Brasileira. Dirigiu os curtas Morro da Garça, O Beijo e Ela. Assinou a coluna Centrífuga, no portal Bol e colabora com sites e revistas. Escreve diariamente no blog www.delfuego.zip.net.
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confraria do vento |